quinta-feira, 10 de junho de 2010

Henry Miller



No dia 7 de Junho de 1980, o mundo perdia um dos seus maiores e mais polêmicos escritores. Henry Miller não foi só um escritor foi um "subversivo da literatura". A sua obra é difícil de definir....talvez fique entre o fantástico e o desnecessário.

O meu primeiro contato com Henry e sua obra foi através do filme "Henry e June" (USA, 1990). O filme narra o encontro de Anais Nin (Maria Medeiros) com June (Uma Thurman) e Henry Miller (Fred Ward). Ambientado em Paris, nos anos 30s, mostra Henry num triângulo amoroso e quando escrevia e lançava 'O Trópico de Câncer".

E foi o "Trópico de Câncer" a primeira obra que li de Miller. Quase biográfico, embora este considerava que não. "Trópico de Câncer" te transporta para Paris, durante o entre guerras, quando a cidade foi o destino de artistas de todos os tipos e centro cultural e vanguardista da Europa.

Mais do que isso, Henry te faz caminhar por hotéis e pensões baratas, passar fome, viver de favores, transar c/ prostitutas, conviver e se embebedar com outros artistas, intelectuais tão expatriados como ele.

Henry não te pergunta se você quer tanto, quando você percebe está lá a "fornicar com os personagens". Nada em Henry Miller é pouco, não é ousado ou não é polêmico.

A obra de Henry hoje é considerada "erótica". Porém, a minha opinião leiga a considera pornográfica. Hoje a nossa noção de pornografia é mais ampla. Mas se analisarmos o contexto da época que foi escrita...

Embora tenha ficado conhecido pela sua literatura erótica, Miller escreveu obras que fogem da temática sexual como "Big Sur e As Laranjas de Hieronimus Bosch", "Colosso de Marússia", entre outras...

Passaram se 30 anos que Henry Miller, deixou o mundo. Porém, este vive nos seus "Trópicos" e na sua intrigante "Crucificação Encarnada".

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