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sábado, 3 de agosto de 2013
A Daytripper
What you could you do if you have only today in your life?
If you say "I love you"or "I'm sorry..."But either chances might become part of your life...or your death.
Braz de Oliva Domingos has only one more day in your life. The day could be that he has found his girlfriend, or travelling, or started to understand his family. So, there is the story about Daytripper.
The Daytripper is a ten issues written by Fabio Moon and Gabriel Sá and has been gained many fans around the world.
I really recommend it. Daytripper is a long way trip about life and death.
English version and Portuguese Version
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Dona Joana
Sempre aprendi que mulher devia ser um bicho corajoso. Não devia chorar à toa e se chorasse devia esconder esse choro. Desde pequena ouvi: "engole esse choro menina!" Como se chorar mostrasse ao mundo minhas feridas, num mundo que não está pronto para conhecê-las.
Assim fui crescendo, engolindo os choros, cuidando das minhas feridas e esperando virarem cicatrizes. Porque mulher de verdade é igual a Joaninha. Uma carapaça grossa mais adornada, que caminha com dificuldade mas carrega essa caparaça pronta a mostrar ao mundo. A dona Joana é mulher de verdade, forte e bela.
Pois é, existem mulheres e mulheres. Algumas são borboletas...frágeis e coloridas que voam por aí. Outras são joaninhas, coloridas mas com uma carapaça que só ela sabe o peso de carregá-la.
Este não é um texto feminista que vai discutir o que é melhor, ser borboleta ou joaninha. Mas aprendi ser joaninha e sendo joaninha sei o que isso significa. Porém, nunca pensei em ser borboleta. Não quero a metamorfose. Eu quero o mundo do jeito que eu quero.
"Viver é um lugar perigoso" citando assim Guimarães Rosa. Pois é, no mundo borboletas e joaninhas sempre estão correndo riscos. Hoje quero ser mais Joaninha, quero a minha carapaça colorida voando com as suas dificuldades por ai. Mas não deixo de voar, mesmo sendo uma tarefa árdua. Sei que mesmo na caparaça existe beleza, fragilidade e feminilidade. A dona Joana não é menos fêmea que a borboleta.
Hoje quando caminhava uma joaninha pousou no meu cabelo, sem saber o que era, dei um tapa e ela saiu voando. Pois é, se fosse uma borboleta talvez tivesse visto antes e não teria deixado pousar. Mas, se não tivesse visto no tapa que eu dei ela iria desmontar e cair no chão. Mas ao tirar a dona Joana ela saiu voando, meio cambaleando mais voou alto até sumir... Eu disse: "voa dona Joana que existe um lugar neste mundo de tapas, pousos e madeixas que é seu!!"
Onde Descobrir
Amor,
Arte,
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contos,
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divagações,
Guimarães Rosa,
poesia,
Reflexão,
Saudades
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Talvez
Talvez exista um lugar onde amar seja seguro.
Neste lugar um afago signifique proteção.
Querer bem seja querer juntos.
Dizer eu desejo que você seja feliz, signifique eu vou te fazer.
Talvez exista um lugar que o destino não pregue peças.
Sejamos nós os comandantes deles e não suas marionetes.
Que exista um tempo de recomeçar sem olhar para trás.
Um lugar que não falte fôlego para isso.
Um lugar que o amor vença a loucura.
Possua a ingenuidade e a doçura.
Talvez exista um lugar que fechar os olhos não signifique ver você.
Talvez exista um lugar que as pessoas só precisem dos olhos para sorrirem.
E usem as bocas para sentir ao invés de dizerem adeus.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Faz tempo...
Faz tempo que não se criam histórias próprias.
Passagens aproximadas da verdade...
Não existe nada na idealização, somente o medo da realidade.
Deixou de existir porque virou real.
Os sonhos acordados são na verdade alucinações.
sábado, 14 de maio de 2011
Mantenha se à direita...
Parada esperando no semáforo vermelho.
Sabia que o certo era virar à direita.
Mas algo queria me levar à esquerda.
Um "deja vù" da alma.
Que dizia "Seja gaucho! Vira à esquerda!"
Como se tudo o que eu conhecesse,
Estivesse à esquerda de mim mesma.
O verde acendeu.
Fiquei parada, pensando...
Podia ficar vermelho novamente.
O carro atrás buzinou.
Percebi que nem o tempo e o trânsito param.
Olhei à minha esquerda calmamente...
Virei à direita para descobrir novos caminhos.
sábado, 7 de maio de 2011
Aniversário
O aniversário é uma espécie de Reveillon solitário...Hoje foi o dia de mais um aniversário. É estranho "aniversariar". As pessoas dizem "Feliz Aniversário" e a própria palavra "aniversário" aparenta ser uma mistura de ânimo, ver e ensaio".
Hoje como todos os aniversários, faço uma jornada através destes...
Como um viajante, vou revendo fotos mentais, saudades, despedidas e reencontros. Penso onde estarei nos próximos aniversários. Olho a minha volta e pergunto; "Até quando elas estarão aqui?" ou mais profundamente "Quem estará na última vela?"...
Como um viajante, vou revendo fotos mentais, saudades, despedidas e reencontros. Penso onde estarei nos próximos aniversários. Olho a minha volta e pergunto; "Até quando elas estarão aqui?" ou mais profundamente "Quem estará na última vela?"...
Quantos aniversários significarão planejamento de novas viagens ou quantos serão para recordar as viagens vividas... Penso, revejo, sinto alegria pelos passados e saudades das coisas ainda não vividas. Penso que existe ainda muito tempo para passar e como a vela que apaga....a se desfazer.
Eu me sinto livre no tempo a desfazer. Parafraseio Rubens Alves que diz " A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário.Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte..."
Onde Descobrir
Aniversário,
brisas,
crônicas,
divagações,
Reflexão,
Rubens Alves
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ela não entendia qual era a intenção da vida...
Não são melhores ou piores do que é...
Mas o que ela não entendia qual era a intenção da vida...
Rostos e tempos desencontrados, vidas em rumos diferentes.
Devia aprender com aquilo ou apenas sofrer e deixar passar...
Devia sentir algo, aprender, esquecer ou nem sentir...
Talvez essas eram perguntas mais complexas do que o sentido da vida.
Devia sentir algo, aprender, esquecer ou nem sentir...
Talvez essas eram perguntas mais complexas do que o sentido da vida.
Ela não entendia qual era a intenção da vida e isto tomou conta de si...
Um não entender que não a assustava, não significava, desafiava...
Um não entender que não a assustava, não significava, desafiava...
Esse não entender dava uma morbidez tórpida a sua vida.
Pois não sabia se importante era viver ou dizer que estava vivendo.
Pois não sabia se importante era viver ou dizer que estava vivendo.
Onde Descobrir
Amor,
brisas divagações,
Clarice Lispector,
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Diversão,
Reflexão
quarta-feira, 23 de março de 2011
Visão
Estava parada, impaciente, esperando o sinal fechar. Quando olhou o senhor cego a esperar. O farol abriu e continuou a observar. O senhor que permanecia ali parado, suas mãos trêmulas seguravam a varinha já gasta...
- O senhor precisa de ajuda ? - Disse a jovem até pouco tempo apressada.
- Sim, preciso chegar no ponto e pegar o ônibus o que irá ao centro. Acredito que estou próximo.
A jovem deu o seu braço e colocou-se a conduzir o senhor. Teve curiosidade e perguntou:
- Como o senhor sabe que está próximo do ponto?
- Pelo barulho dos ônibus, são muitos e estão freiando.
- É verdade que as pessoas cegas tem os outros sentidos mais aguçados? - Perguntou num verdadeiro impulso ingênuo e curioso de uma criança.
- Talvez. Sei que você é uma mulher bonita - Disse o senhor com uma simpatia única.
- Como? - A garota pergunta ainda mais curiosa do que estava antes.
- A sua pele é macia e o seu perfume delicado. Alguém com pele tão macia ao tocar, perfume tão gostoso de sentir, só pode ser uma mulher sorridente e certamente, bela.
- Senhor, este é o seu ônibus - Disse a garota interrompendo...
- Obrigado, minha jovem...
- Não, quem agradece sou eu - Disse ela partindo...
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