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domingo, 25 de janeiro de 2015

É preciso ser preciso...

Uma das coisas que mais chamaram a minha atenção no primeiro momento é a obsessão alemã pela precisão. Tudo tem uma exatidão relativamente exagerada.
Enquanto os britânicos podem ser conhecidos pela sua pontualidade, talvez os alemães pela sua exatidão.
Por isso não é difícil de imaginar a grande dificuldade que eles tem em aceitar os atrasos ou indefinição. Pois é, palavras de casais assim como eu brasileiros-alemães. Com isso, temos vivido situações no mínimo engraçadas e aos poucos vamos ficando nem lá e nem cá.
Mas o fato que para os alemães tudo tem que ser bem explicado, identificado e falado.  Os alemães tem uma linguagem corporal diferente do brasileiro. Tudo é olho no olho e sem contar que a língua alemã te dá a possibilidade de falar E-X-A-T-A-M-E-N-T-E. Pois é, são séculos e séculos de linguagem e cultura que faz essa sociedade peculiar mas interessantíssima. 

Aos poucos irei escrevendo algumas das minhas impressões mais aqui vão três situações reais vividas por essa pessoinha meio perdida. 

Situação 1




Namorado alemão pergunta sobre um fato corriqueiro e quer sua opinião (Sim ou Não) e você, depois de pensar um pouco responde com:
- Ah talvez. 
Ele olha perplexo ainda sem entender a profundidade existencial que você imputa no talvez. 

Situação 2 

A inexistência de pizza de dois sabores. 
Pensa naquela redonda meia calabresa ou meia muçarela? Pois é, aqui ela não existe. Já tive diversas discussões engraçadas e sempre o que me perguntam é:
-Qual o motivo da gente querer metade de duas coisas e não poder se decidir por uma?
A solução encontrada é pedir duas pizzas diferentes e cada um fica com uma metade.


Situação 3

Para chegar na escola eu preciso pegar um ônibus e um trem. 
Porém, se eu pegar o trem 1, tenho que sair de casa 30 min antes do trem 2 e chegaria na escola 20 min antes da aula.
O trem 2, me daria uma vantagem de 30min,  mas eu chegaria 3 minutos "atrasada". 
Sim, a aula começa 8h15 e chegaria nela 8h18. 
Portanto, na cabeça alemã é impensável eu cogitar a ideia de pegar o trem 2 e chegar atrasada. 
Para a informação de vocês estou pegando o trem 2 diariamente. 


Situação 4

Depois de quase três meses de precisão germânica eu perdi o ônibus e consequentemente iria perder o trem. Eu estava gripada e com febre e o próximo ônibus é uma hora mais tarde. Quando eu perdi eu disse que iria a pé até o centro (20 a 30 min) de caminhada. Ele me olhou perplexo com aquela cara de "Para que começar um processo tardiamente sabendo que já está errado?"


Uma coisa que acho engraçada aqui é a necessidade de tudo ser certificado...mas isso ficará p/ um post inteiro sobre a obsessão germânica por auditorias...


sábado, 12 de outubro de 2013

Berlin



About Berlin and electronic and underground music scenario. Why Berlin has become one those most creative cities of the world. Berlin is my next travel destination. 

For the third edition of Real Scenes, RA and Bench go to one of the most special places for electronic music in the world: Berlin. When the Berlin Wall came down in 1989, techno became the underground soundtrack to the reunion between East and West. In recent years, it's become an international destination for ravers—a cheap place to party with clubs that are renowned throughout the world.
Techno has become a business in the meantime. Yet Berlin still maintains a credibility that other cities lack. To understand why, RA and Bench went to the German capital eager to find out about its unique history and the reasons behind its continued relevance.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Show do Pearl Jam


Eu confesso que nunca fui uma grande fã do Pearl Jam, nunca comprei um cd e até mesmo fazia download das suas músicas. Mas Pearl Jam sempre esteve ali presente. O Pearl Jam é a banda dos nossos irmãos caçulas, falo isso pois sou da geração que descobriu o Atari, o Pearl Jam é da geração que chegou na sala com o video game já ligado.
Longe da euforia dos anos 80 o Pearl Jam é a geração dos anos 90. Uma geração que para mim não tinha muito o que dizer, muita representatividade. Suas músicas não são meu grito e nem meus conflitos.
São bandas caçulas perto das grandes bandas de rock como foi o Metallica e até mesmo o GN´R.
Foram bandas que nasceram em Seattle, inspiradas nas bandas punks e usando aquelas camisas xadrez. O seu grito nunca foi de protesto, sempre foi de que eu faço parte de um mundo de desajustados. Nesta geração Kurt Cobain não mudou o mundo, preferiu explodir seus miolos e abdicar o mundo e a si mesmo de seu talento. Mas o Pearl Jam continuou ai, cresceu e foi escola para esses desajustados.
Mas mesmo assim fui para o show muito empolgada. Primeiro porque sabia que teria excelentes companhias.
Mas o que eu vi superou as minhas expectativas.  O Pearl Jam sabe ser "Rock in Roll". Confesso que gostei mais da apresentação deles este ano do que de antigos ídolos meus como o GN´R e Metallica. O show é simples, a montagem do palco idem... Mas os caras compensam na música.
O show começou "Release" e logo no começo já tiveram grandes sucessos como "Daughter" e "Even Flow". Eddie Vedder é um cara simpático e mostrou muita empatia com o público. Alias público que o conhece de longa data e sabia as letras de suas canções.
Além disso, o Pearl Jam ganhou a minha simpatia pela escolha da banda de abertura o The X, uma banda californiana punk com mais de 20 anos de estrada e um som para ninguém botar defeito. Palmas para o Pearl Jam por mostrar para muitos daqueles jovens pela primeira vez um som que é longe de ser comercial.
Uma apresentação bem feita, simpática e com direito a covers excelentes como "Neil Young - People Rockin´in a free world" e "Ramones - I believe in Miracle". O Pearl Jam nunca escondeu que os Ramones são uma referência para eles e mais uma vez palmas para os caras trazerem essas referências para essa geração. Uma das últimas músicas foi "Alive" e um coro de 50 mil pessoas "Oh, I still alive.... Oh, I still alive..."
Eu me emocionei, pois no final das contas a vida é isso, continuar vivendo e encontrando como neste coro, vozes iguais a sua.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma Noite no Studio SP


Ao olhar post antigos percebi que faz tempo que não escrevo sobre os lugares que frequento. Por isso resolvi escrever sobre o Studio SP. A casa fica localizada na região da Baixa Augusta.
A Rua Augusta talvez seja o lugar mais democrático de Sampa. Nela vc pode encontrar todas as tribos, sujeitos convivendo ou melhor coabitando os mesmos lugares.Eu tive o prazer de morar por alguns anos na Antonio Carlos, rua que corta a Augusta e pude andar muito por ali.

Porém, semana passada fui no Studio SP e assisti a Miranda Kassin. Com uma voz sensacional e uma presença de palco invejável com certeza trata-se de um dos excelentes cover da Amy. Mas a Miranda é sinônimo de música boa a noite inteira e o repertório vai além com composições dos Beatles, Lou Reed, Rolling Stones...etcs.

A casa é bem confortável e sua decoração bem Augusta com grafites e paredes pretas. Para quem gosta do clima alternativo cult é uma boa pedida. O ponto alto é a Stella Atois gelada mas fique longe das caipirinhas pois não são muito saborosas. O mesmo posso dizer dos drinques.

Mas vale a pena curtir uma noite por lá com certeza boa música e uma atmosfera curiosa vc vai encontrar e isso já é uma diversão. Dica: Chegue cedo ou compre seu ingresso antes!

STUDIO SP ESPAÇO CULTURAL LTDA

Rua Augusta, 591
CEP: 01305-000 - São Paulo
Tel/Fax: (55 11) 3129-7040
E-mail: studiosp@studiosp.org