O legal de morar em Sampa é que sempre tem algo legal para se ver e fazer. O problema é conseguir tempo para aproveitar tudo. Quando você mora a uma quadra do MASP, o mínimo que se espera é que você visite as exposições itinerantes.
Pois é, fazia um mês que não passava em frente ao MASP e quando passei vi que está rolando uma exposição do Max Ernest.
Quem me conhece, sabe que eu tenho uma predileção pelo Surrealismo (sinceramente? Não sei pq!).
Max Ernst nasceu na Alemanha no dia 2 de abril de 1891. Conheceu o Surrealismo por Jean Arp.
Porém, foi convocado para lutar na I Guerra Mundial.
Após o término da guerra, mudou-se para França em 1922. Em Paris, quando junta-se aos surrealistas e torna-se amigo de André Breton (Considerado por muitos como o Papa do Surrealismo).
Eu ainda não fui a exposição do Masp, quando eu for prometo expandir este post. Mas li o seguinte.
Do site do
UniversiaMax Ernst - Uma semana de bondade, com a coleção completa do Gênesis retratado pelo artista. As 184 obras estavam guardadas há mais de 70 anos pelo colecionador francês Daniel Fillipacchi. As imagens fazem crítica cáustica e surrealista às convenções sociais da Europa do período entre guerras.
Entre as obras estão cinco jamais expostas ao público. Sob alegação de blasfêmia, elas não participaram da única exposição realizada com as colagens, em 1936 em Madri, na Biblioteca Nacional, atual sede do Museu Nacional de Arte Moderna.
A coleção se divide de acordo com os dias da semana, tendo dado origem a cinco livros lançados em 1934. Nas colagens Ernst afastou-se da concepção bíblica, criando seu próprio Gênesis: o
Domingo surrealista é recheado de orgias, violência, blasfêmia e morte, primeiro contraponto significativo ao dia de descanso.
Já a
Segunda-feira é composta por 27 trabalhos que têm influência do elemento água, que também serve para batizar os trabalhos. Esse conjunto de obras procura descrever a insignificância do poder das autoridades diante da força da natureza. Assim, águas invadem e arrasam toda a cidade de Paris, questionando os valores exercidos pela burguesia da época.
A
Terça-feira explora a ironia a partir de 45 obras de homens com asas de dragões e serpentes presentes em situações da rotina da classe privilegiada. Essa coleção é chamada A corte do dragão, que tem como elemento o fogo. Já o caráter mítico de Édipo é abordado sob o elemento sangue nas 29 colagens de
Quarta-feira, batizada com o nome do mito grego.
A
Quinta-feira é subdividida em O riso do galo, que conta com 16 colagens, e A Ilha de Páscoa, formada por outras dez. Ambas sob o elemento escuridão, abordam as diferentes formas de poder. Na primeira, o galo gaulês, símbolo do estado francês, é presente em todas as imagens, inclusive como parte do corpo dos protagonistas da cena. Em A Ilha de Páscoa, situações de intimidade são exibidas sempre com um dos personagens usando máscaras.
A
Sexta-feira obedece ao elemento visão e tem imagens emblemáticas que abordam o interior, a estrutura do humano e do ambiente que o cerca: corvos, caveiras e uma série de símbolos são utilizados nas três divisões. O
Sábado, último dia da semana, batizado A chave das canções, referencia ao elemento desconhecido, em que toda a preocupação com a realidade é abolida
Max Ernst - Uma semana de bondadeLocal: MASP(Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand)
Data: de 23 de abril a 18 de julho
Horário: de terça a domingo e feriados, das 11h às 18h. Às quintas das 11h às 20h
Ingressos: R$ 15. Estudantes: R$ 7. Gratuito até 10 anos e acima de 60 anos. Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos.
Endereço: Av. Paulista, 1578
Telefone: 11-3251-5644
Site: www.masp.art.br
Twitter: @maspmuseu