domingo, 22 de maio de 2011

O Mundo Mágico de Escher




Maurits Cornelis Escher (1898 - 1970) nasceu em Leeuwarden na Holanda e dedicou a sua vida às artes gráficas. Distinguem-se, usualmente, duas fases na obra de M. C. Escher. Antes de 1937, a obra de Escher é dominada pela representação da realidade visível, orientada inteiramente pela beleza das paisagens e arquitetura italianas. A partir de 1937, o pitoresco e o real deixam de lhe interessar. Agora, está fascinado com a regularidade e as estruturas matemáticas, a continuidade e o infinito inerente a todas as imagens, a reprodução de três dimensões sobre uma superfície bidimensional.

Escher fixa-se nas construções da sua própria imaginação e as suas obras passam a exprimir aquilo que ele próprio designa por “pensamento visual”. Trabalha com formas geométricas que encontra nos mosaicos islâmicos e nas formações cristalinas e procura dar vida a esses padrões, substituindo formas abstratas por elementos reconhecíveis como animais, plantas ou pessoas.

Os seus cadernos enchem-se de séries contínuas desses elementos, combinados de formas variadas, num processo que se poderia repercutir até ao infinito. A animação desses padrões conduz à série Metamorfoses, em que as várias estruturas se transformam sucessivamente umas nas outras. Escher não consegue expressar estas ideias em palavras, mas em imagens é capaz de torná-las claras. Daí que a sua obra possa ser considerada de “alto grau racional, porém, minimamente literária

no sentido de que ele parafraseia em imagens as coisas que não poderiam ser reproduzidas em palavras”

Quem considera a arte como uma expressão de sentimentos, terá de recusar esse estatuto à obra de Escher. Ela é determinada pela razão, tanto ao nível do objetivo, como da execução, neste sentido, a maior parte das suas gravuras possuem o carácter de uma investigação.


Os Mundos Impossíveis




Os mundos impossíveis como o próprio nome indica, trata-se de figuras e estruturas que sugerem com grande força ser tridimensionais, mas que, efetivamente, não estão construídas a três dimensões e a exposição de Escher no Centro Cultural do Banco do Brasil é a concretização destes mundos. A exposição embora mal explicada e um pouco desorganizada é capaz de causar vertigem nos visitantes. Outra crítica é a impossibilidade de fotografar parte das obras, sinceramente gostaria de um motivo plausível dos organizadores. Mas o fato é que dentre  planos, paralelos, infinitos e ilusão de ótica, o visitante irá passear por mais de 94 obras do artista que desafiou paradigmas do que seria arte e ainda hoje num mundo de "filmes 3D"  é inovador. 







Local: CCBB- SP 
19 Abril até 17 Julho.
Horário: Terça a domingo das 09h as 20h.

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