quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Leu na VEJA? Azar Seu!


Faz tempo que sinto que preciso esclarecer porque eu não leio a VEJA. Embora no fundo eu acredito que ninguém com o mínimo discerimento precise ser esclarecido de porquê não ler a VEJA.
Mas é fato!! Eu não leio VEJA! Nem quando estou numa sala de espera...Se o link de uma reportagem e me redireciona para o site da VEJA, eu saio e não leio.

Quando ligam em casa me oferecendo 4,5 ou 6 semanas de VEJA de graça eu peço "peloamordeus" para não mandarem pois eu teria vergonha dos meus vizinhos.

Sinceramente? Não me interessa nada que seja publicado lá e nem as pessoas que publicam como Diogo Maniardi, Duda Morais e outros pseudos-intelectualóides da imprensa marrom brasileira discipulos do Arnaldo Jabor, em tempos, também não leio nada que o Arnaldo Jabor escreve...

Como eu sempre estou criticando a VEJA, acho que chegou o dia de esclarecer  do porquê não leio VEJA.

Eu adoro ler. Quando tinha 10 anos de idade, ganhei minha primeira assinatura de revista. Ao longo dos anos sempre pude experiementar o delicioso prazer de receber um jornal, livro ou revista em casa.
Um dia assinei a VEJA, estava fazendo vestibular e me disseram que me ajudaria na prova de redação.
Assim iniciou meu relacionamento com a VEJA, que toda semana chegava à minha porta.

Era um ritual, a revista chegava e corria p/ minha porta e abaixava para pegá-la. Ao longo do tempo, esse movimento de me curvar para pegar a revista me fazia crer que no fundo o que a VEJA queria era que eu me tornasse uma quadrúpede.

Não vou entrar na questão do projeto gráfico da revista que é péssimo, a quantidade imensa de anunciantes que se fossem tiradas a revista teria 1/3 do tamanho. Mas o que me desagradava na VEJA era que sempre tinha uma reportagem que me dava arrepios ou revoltava. Eu como leitora assídua,  escrevia para a revista. Lógico que nunca publicaram nada que eu mandei. Mas antes que o leitor desavisado ache que o meu ódio e repúdio a revista vem de uma mágoa de "blogueira ruim metida a jornalista-escritora" selecionei algumas capas para que cada um tire suas conclusões.

A VEJA e suas capas pseudo-artisticas pós-moderna:


1993-09-15
VEJA e a sua "releitura"de Rodin

Precisa comentar?
Não é de hoje, que a Revista explora grandes obras de arte para ilustrar suas matérias colaborando  para a formação cultural do brasileiro, que já pode chegar nos museus do mundo e falar "Ah, já vi essa obra na VEJA" e tirar sua fotinho que irá para o facebook. Mas "pseudo-intelectualidade" não pára só ai...Segundo a própria VEJA é possível dar opiniões sobre livros sem lê-los, ler pela metade e tudo isso dito por um "ensaista francês". Se alguém dúvida click aqui (Lembre-se: Este click será redirecionado para uma página da VEJA...)
VEJA e Magritte
Outra obsseção da revista é por dietas, qualidade de vida, novas tendências contra o envelhecimento, vida sexual e tudo mais relacionado a boa saúde. Nada contra isso, mas o tom de científico que a VEJA tenta dar é irritante. As reportagens tem a mesma profundidade (ou até menor) do que as revistas especializadas em "good health life stile" como "Boa Forma", "Saúde Já", etcs.


Capas da VEJA e dieta, saúde e bem estar

Fora isso, o tom de "jornalismo denuncismo apocalítico" me irrita. O Apocalipse virá logo e os jornalistas da VEJA são os tocadores das trombetas. Mas pela VEJA eu fico em dúvida se o mundo acabará numa catástrofe ambiental, se o sol vai explodir, a terra vai colidir com algum meteoro, uma super bactéria, nas mãos dos terroristas, por Fidel ou ainda pelo Lula. Em tempos achei uma capa que ilustra bem o que quero dizer.




Acho que demoraria uma semana para dizer o que é ruim na VEJA, mas diria que a sessão de "Frases da semana" ou citações é o resumo da estupidez humana. É como aqueles livros intitulados "Minutos de Sabedoria" ou seja, quem precisa de "minutos de sabedoria" não sei o que faz com o resto dos minutos de sua longa vida...

E as reportagem políticas?
 Ahh!!! Eu me pergunto como uma revista consegue ser tão tendenciosa? Será que as pessoas que escrevem tem coragem de olhar em casa no espelho? Conseguem deitar a cabeça no travesseiro e dormir de consciência limpa? Nem vou entrar no mérito delas, pq não tem algum...Mas  vão algumas capas.




Che, Serra (com os dizeres "Me preparei a vida inteira para ser presidente") e Lula




Fidel, FHC e Lula


As páginas amarelas, se alguém sabe me dizer porque elas são amarelas diga agora! Talvez porque classificados são amarelos e tem muita informação e nada de conteúdo ou ainda elas deviam ser "Páginas Marrom" fazendo uma referência a cor do material que a revista produz, ou ainda são amarelas devido a cor dos excrementos quando não estão em perfeita saúde... Muitas entrevistas  foram dadas naquelas páginas, muitas pessoas respeitáveis, talvez seja onde é possível de vez enquando encontrar algo que se preste.

Fora isso, o tom de denúncia e temas polêmicos como religião, crimes horríveis que chocaram e lógico o mundo das drogas que sempre é uma ameaça para as famílias como a VEJA gosta de mostrar e explorar o tema, sem ligar para privacidade, ética e comprometimento...
Capas da VEJA e as Drogas

Hoje o mundo vive uma falsa liberdade, uma falsa ética e digamos que uma falsa "era sem preconceito"... Porém, eu seria capaz de montar uma histórinha de como deveria ser a vida de uma mulher como eu, segundo a VEJA.

Uma vida ditada por VEJA
"Você mulher que está sozinha precisa urgentemente arranjar um companheiro, pois é coisa de fracassada ficar sozinha. Mas não se esqueça, lute com todas as armas nem que você tenha que fazer uma lipo para ficar gostosa e atender os padrões de beleza e estética. Case-se pois casar faz bem e você não quer ser uma solteirona fracassada né? Perdõe sempre, sejam as traições do marido que você arranjou porque precisava casar ou seja lá o que for. Mas além de ser uma boa esposa, você precisa ser uma boa mãe na sufocada classe média...Se tudo isso ainda te fizer infeliz??? AUTO AJUDA!!"

Eu não sou contra casamento, filhos, namoro. Mas acho que precisamos ser felizes e depois irmos em busca dos nossos sonhos e não só sermos felizes se acontecer isso ou aquilo. Não existem regras e se você acha que uma revista semanal vai trazer explicações e conselhos capazes de ditar como deve ser a sua vida, suas opiniões e percepções do mundo....Sinceramente? AZAR SEU!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Monet

"Les Nymphéas - Musée l´Orangerie"

Claude Monet nasceu em Paris, na França, em 1840. Quando era criança mudou-se de Paris com a família para uma cidade próxima. Retornando a Paris já adulto, quando já havia planos de ser pintor.

Porém o serviço militar interrompeu seus estudos e quano voltou a estudar  conheceu Sisley, Renoir e Bazille. Juntamente com estes mais tarde formaria o grupo dos Impressionistas.

Juntos realizaram em 1874 uma mostra que também contou com a presença de Boudin, Pissaro, Cézanne entre outros.

Porém, a mostra não foi bem aceita e o nome "Impressionistas" veio da crítica a um quadro de Monet chamado "Impressão: O sol se levanta". Segundo os críticos os quadros não passavam de um rascunho, uma primeira "impressão".

Monet, sem conseguir vender seus quadros, vivia em absoluta pobreza e alguns anos depois durante a guerra contra a Prússia se refugiaria na Inglaterra para não ter que se alistar.

Com o fim da guerra, Monet retorna à França, indo morar em Argenteuil. A derrota da França dá início a um período de instabilidade política que marca o fim do império.

Em 1876 Monet conhece Ernest Hoschedé  que organiza a segunda mostra de Impressionistas onde se juntaram também Manet, Degas entre outros. Porém, novamente foi um fracasso. O movimento impressionista só começou a ganhar força alguns anos mais tarde em 1878, quando começam a surgir as primeiras críticas favoráveis ao movimento. Com isso, o prestígio de Monet começa a crescer e no ano seguinte Durand-Ruel realizou com sucesso uma exposição dos impressionistas em Nova York.

Depois de ter experimentado anos de extrema pobreza, Monet começava a prosperar. Em 1883 muda-se para Giverny e dar se ínicio a uma nova fase tanto na sua vida como na carreira.

Em Giverny, cuidar do jardim torna-se um passatempo preferido e fonte de inspiração para muitos dos seus quadros, principalmente a série Les Nymphéas, que seria posteriormente doadas ao governo francês.
Com a visão mais debilitada, seus quadros passam para uma fase mais abstrata.  Em 5 de Dezembro de 1926 morre, em Giverny.

Recentemente estive no Museu l´Orangerie e pude ver pessoalmente "Les Nymphéas". A série ocupa duas salas ovais feitas exclusivamente para receber tais telas. São lindas e você pode sentar no centro da sala e ficar horas admirando o jardim...

Eu recomendo quem vai a Paris visitar o Museu L´Orangerie, que conta com telas também de Picasso, Gaugin dentre outros. Trata-se de um museu pequeno localizado no "Jardins  de Tuileries" (que prometo um post só para ele) e próximo ao "Place de La Concorde" (local onde os reis da França foram guilhotinados e também terá um post só para ele).

Os quadros de Monet hoje fazem parte do conhecimento do grande público, sempre atraem expectadores e são temas de grandes exposições. Embora eu não seja uma grande conhecedora do Impressionismo e de Monet, sempre vale a pena admirar...

Porém, "Les Nymphéas" é algo sensacional, tanto pelo tamanho das obras como pela sua beleza e acho que o impressionismo fica mais "impressionante".












segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Zurique

Zurique e o Rio Limmat ao fundo a Igreja Fraumüster

Zurique na Suiça, é uma amostra do melhor do estilo suiço. A cidade é cortada pelo Rio Limmat, que é incrívelmente limpo. No verão, as pessoas aproveitam o lago como balneário.

Quem está disposto a fazer turismo em Zurique deve se preparar para gastar. Considerada como um dos centros financeiros da Europa, a cidade é cara para turistas, sejam eles de qualquer parte do mundo. Tanto que no seu guia turistico tem algo escrito como; "seja bem vindo a uma das cidades mais caras do mundo", ou seja, prepare-se para desembolsar alguns bons francos...

Embora não seja um destino turístico, a cidade tem boas atrações e algumas até gratuítas como o museu de arte de Zurique; Kunsthaus, que não cobra entrada para a coleção permanente e possui obras de artistas importantes como o suíço Alberto Giacometti e outros bem conhecidos como Picasso, Cézanne, Van Gogh, Monet e Munch.

Outro passeio gratuito é a igreja Fraumünster e os vitrais criados por Marc Chagall.  Vale a pena e são lindos!!!

Quem estiver disposto a gastar pode passear pela avenida Banhofstrasse e parar na confeitaria Sprüngli.

Durante a noite, os bares próximos ao lago, ficam iluminado proporcionando uma bela imagem.

Não deu tempo de conhecer outros lugares da Suiça mas deu para conferir que a terra dos chocolates, canivetes e relógios é um verdadeiro charme.

sábado, 2 de outubro de 2010

Get Back to Where You Once Belonged


"A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa. Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
 Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"

Deixo aqui a citação de Mario Quintana, pois viajar é muito bom sempre!