Carlos Drummond de Andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações alegres,porque a ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Nada mais pouco do que não acreditar num louco
A demência é o nosso acreditar. A fé é seu sintoma. Não somos nada além daquilo que criamos a expectativa que podiamos ser. Não faça promessas, não faça discurso, não crie expectativas. Somos apenas um sonho que acaba ao amanhecer.
domingo, 17 de agosto de 2008
O corpo é o instrumento da alma
O corpo é o instrumento da alma,
Ela sorri, corre, foge, cria expectativas,
Mas nunca se acalma,
Diante das sensações e tentativas.
O corpo sente frio e se esquenta,
Sente arrepios e não se aguenta,
Cresce, sente, tenta,
Quando perde não se lamenta.
A alma busca suas verdades,
E o corpo busca suas vaidades,
A alma ama,
E de saudades reclama.
A alma quer se enroscar,
Quer gritar,
Quer chorar,
Usando o corpo para falar.
A alma usa as pernas para correr,
Os olhos para entender,
A boca para dizer,
e o coração para fugir.
A alma nunca se acalma,
Não deixa para lá,
A alma nunca mente,
A tristeza que o corpo já não sente.
A alma a todo momento,
Algo está querendo,
Chamando de sentimento,
O que está dizendo.
A alma usa o corpo para mudar o mundo,
Vive tudo num segundo,
Mas seu instrumento com ela está
Para o que tiver que ser será.
Ela sorri, corre, foge, cria expectativas,
Mas nunca se acalma,
Diante das sensações e tentativas.
O corpo sente frio e se esquenta,
Sente arrepios e não se aguenta,
Cresce, sente, tenta,
Quando perde não se lamenta.
A alma busca suas verdades,
E o corpo busca suas vaidades,
A alma ama,
E de saudades reclama.
A alma quer se enroscar,
Quer gritar,
Quer chorar,
Usando o corpo para falar.
A alma usa as pernas para correr,
Os olhos para entender,
A boca para dizer,
e o coração para fugir.
A alma nunca se acalma,
Não deixa para lá,
A alma nunca mente,
A tristeza que o corpo já não sente.
A alma a todo momento,
Algo está querendo,
Chamando de sentimento,
O que está dizendo.
A alma usa o corpo para mudar o mundo,
Vive tudo num segundo,
Mas seu instrumento com ela está
Para o que tiver que ser será.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Esses dias de olhar o horizonte
Esses dias de olhar o horizonte são estranhos. Você não sabe o que está perto ou longe. Uma miopia existencial e uma taquicardia agonizante. Uma pulsação ao agir e um mal estar mental. Uma doença crônica e medrosa. Um tumor vazio e um coração gélido.
"Nada mais feio do que dar pernas longuíssimas a idéias brevíssimas"
Uma frase de Machado de Assis. Existe um tempo para tudo. Um tempo para esperar, outro para acreditar e outro para desistir e seguir em frente. Não sei quando deixei de acreditar, mas sei que apenas seguirei em frente. Nada além de pensamentos e a lembrança daquilo que não foi. Você deu nada e agora é só isso que eu tenho. Porque acredita que pode cobrar mais ? Não existem lembranças para serem vendidas. Somente promessas não cumpridas e deixei-as guardadas numa caixa com fotografias vazias que não tiramos.
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